Curtinha...
Os inimigos
estão em toda a parte e os tememos mais do que as nossas contas.
Quando alguém
cobiça algo que nos pertence, tentamos logo pensar em algum “quebra feitiço”
com ação potente e imediata para neutralizar aquilo que nossos sentidos identificam
como possível ataque.
Basta um “que
carro lindo que você tem!” para perceber imediatamente que o proprietário coloca
uma das mãos nas costas para, no mínimo, fazer figa. Ou logo imaginamos que
seja para isto...
Tente elogiar
com um sincero “hoje você está com uma expressão ótima”, por exemplo – para constatar a metamorfose imediata: a expressão fecha, o brilho do rosto termina e a
estória daquela dor no lado direito do antebraço que não passa acaba com a
conversa. Isso se for algum amigo que nutre certa simpatia por você, porque, se
não for, ele simplesmente endurece a expressão no rosto e muda de assunto.
Somos abalados,
momentaneamente ou não, por pensamentos considerados ou julgados “inimigos”, mas
não por aqueles que carregamos fielmente dentro de nós – nossos caros inimigos
interiores. Esses não são temidos e, muito pelo contrário, são intocáveis, ou
até mesmo queridos.
Porque lutar
contra os nossos medos, que dá um trabalhão danado (afinal, são tantos!) ou
porque mexer na zona de conforto da rotina, trabalho, relacionamento onde
estamos tão confortavelmente sentados? Por que pensar em abundância,
felicidade, realização? Já pensou quantos conceitos e preconceitos teríamos que
avaliar, repensar, destruir e recuperar? Não, não, não, pelo amor de Deus.
Deixa ficar assim que é mais fácil. Já pensou se vibro alegria, trabalho novo,
casa nova, vida nova e dá certo? E aí? O que eu faço com isso tudo?
Estou triste? Deixa eu ligar a tv que passa…